Instruções Básicas Centro Espírita São Gerônimo.
Texto Adaptado.
Essa leitura é longa, valiosa e muito necessária, por isso peço, não deixem de ler até o final, saberemos através do seu comportamento se você alcançou o objetivo dessa mensagem.
As diretrizes de segurança mediúnica, as normas e sanções disciplinares orientadas aqui e são válidas para todos os dias de caridade no Centro Espírita São Gerônimo. Indistintamente todos os membros da corrente têm a obrigação e o dever de apoiar incondicionalmente a conduta estabelecida pelos dirigentes espirituais da casa objetivando a harmonia coletiva, terrena e astral.
O estudo, a disciplina e o trabalho são métodos utilizados no CESG, tem principio e acordo com seu Dirigente-Chefe, para o desenvolvimento de suas atividades religiosas.
A instrução oral e escrita para educar se faz em todos os momentos rituais e pelo grupo de estudo, disponibilizados a todos. Um espiritualista sem cultura espiritual é fadado à superstição e a ser vítima dos espíritos ignorantes e obsessores.
A Capacitação Mediúnica é uma obrigação essencial.
A Disciplina é fator preponderante na vida mediúnica. Disciplina significa humildade. Respeito às determinações Chefe Dirigente. O respeito à hierarquia constituída, a assiduidade, e comportamento, marcam a vivência disciplinar do membro da Corrente e mostram a sua maturidade e crescimento espiritual.
Se alguém não concorda com a disciplina não deve pretender fazer parte daquela Casa, pois só trará aborrecimentos para si e perda de tempo para os dirigentes.
Essa leitura é longa, valiosa e muito necessária, por isso peço, não deixem de ler até o final, saberemos através do seu comportamento se você alcançou o objetivo dessa mensagem.
As diretrizes de segurança mediúnica, as normas e sanções disciplinares orientadas aqui e são válidas para todos os dias de caridade no Centro Espírita São Gerônimo. Indistintamente todos os membros da corrente têm a obrigação e o dever de apoiar incondicionalmente a conduta estabelecida pelos dirigentes espirituais da casa objetivando a harmonia coletiva, terrena e astral.
O estudo, a disciplina e o trabalho são métodos utilizados no CESG, tem principio e acordo com seu Dirigente-Chefe, para o desenvolvimento de suas atividades religiosas.
A instrução oral e escrita para educar se faz em todos os momentos rituais e pelo grupo de estudo, disponibilizados a todos. Um espiritualista sem cultura espiritual é fadado à superstição e a ser vítima dos espíritos ignorantes e obsessores.
A Capacitação Mediúnica é uma obrigação essencial.
A Disciplina é fator preponderante na vida mediúnica. Disciplina significa humildade. Respeito às determinações Chefe Dirigente. O respeito à hierarquia constituída, a assiduidade, e comportamento, marcam a vivência disciplinar do membro da Corrente e mostram a sua maturidade e crescimento espiritual.
Se alguém não concorda com a disciplina não deve pretender fazer parte daquela Casa, pois só trará aborrecimentos para si e perda de tempo para os dirigentes.
Diz o Caboclo Ventania que “querer fazer caridade sem disciplina é perder tempo, e se misturar com espíritos indisciplinados e vadios, que só trarão enganos e ilusões”.
Diz-nos ainda Caboclo Pery que “uma banana podre não deve contaminar o cacho” orientando que o interesse coletivo não deve e não pode ser ameaçado por interesses individuais egoísticos.
O Trabalho é constituído pelas atividades dos membros da Casa. Essas atividades vão desde o desempenho da mediunidade, até a colaboração para o asseio e manutenção da parte física de todo Templo – obrigação aberta a participação de todos.
A presença dos membros da Corrente nas atividades da Casa é de vital importância. Quando você se alista como membro da Corrente, o Plano Astral inclui seu nome na lista de trabalhadores da casa, seus Guias se postam para prepará-lo para o desempenho da sua mediunidade, em nome de Jesus e dos orixás, a serviço da caridade e do crescimento espiritual.
Sua falta cria um vazio, um buraco nos elos da Corrente. Você não vem, mas seus Guias veem, eles não faltam e, que pena, não lhe encontram.
É pedido ao membro da Casa que dê no mínimo um momento de sua vida semanal a serviço da espiritualidade, que, com certeza, saberá lhe retribuir com aumento de paz e tranquilidade interior, defendendo-o das investidas do mal no sentido que o médium estará fazendo parte de um agrupamento que serve a coletividade.
Lembre-se que, embora nos dispomos ao serviço da caridade, nós é que somos os maiores beneficiados com ela, pois o irmãozinho sofredor dos dois lados da vida, encarnado e desencarnado, a quem somos direcionados a ajudar, nos oferece a oportunidade de resgate de dívidas e aumento de bônus espiritual, se o fazemos na disciplina, na ordem e no amor.
Somente três razões justificam, para um médium consciente e sério, a ausência como membro da Corrente e de suas atividades, que são elas: Doença (própria ou de filhos ou dependentes que necessitem da sua presença); Trabalho Profissional; Férias anuais ou eventos familiares que obriguem a presença do médium (que deverão ser combinadas com os dirigentes).
Qualquer outra razão séria poderá ocorrer desde que autorizada pelo Sacerdote Dirigente.
Tendo necessidade de faltar a alguma atividade no Templo, o membro da Corrente deverá comunicar, obrigatoriamente, ao sacerdote dirigente e/ou aos Pais Pequenos, se possível com antecedência, para que possa ser substituído na sua atividade, pois não devemos perder tempo com imprevisto, pois sempre temos muitas atividades a fazer para atender a todos que vem pedir ajuda.
Não devemos nos habituar com ausências repetidas, vir numa sessão e faltar outra, ou vem numa sessão e falta duas. Nestes casos, em que o membro da corrente não consegue ter REGULARIDADE e FREQUÊNCIA, prejudica nossa tarefa religiosa que visa atender a coletividade.
Por vezes é necessário o afastamento para que o médium possa calmamente refletir sobre a sua conduta, postura e disposições psíquicas que o estão desarmonizando.
Deve questionar-se o quanto a lei de afinidade faz com que ele permita interferências deletérias de consciências encarnadas e desencarnadas que nublam o seu discernimento e o colocam em campos vibratórios negativos prejudicando seriamente a harmonia coletiva da corrente.
As obsessões entre encarnados, desencarnados e encarnado e vice-versa, bem como as auto-obsessões, são geradas e mantidas por uma postura equivocada daquele que em geral se considera a vítima.
Não é autorizado em nossa Casa e nem no Plano Espiritual ao médium membro da corrente participar de cursos ou preparações que tenham "iniciações"; como consagrações sacerdotais, de tronqueiras e altares, de firmezas diversas e otás de orixás - sendo considerado quebra de decoro ético com a Coroa de Irradiação dos Orixás que assistem a egrégora da Casa.
O CESG é dirigido religiosamente pelo Sacerdote Dirigente Pai Adilson Borges, cargo vitalício e por isso, controlador de todas as decisões inerentes a Casa, em todos os aspectos.
A qualquer momento demais médiuns podem ser indicados por ele na função sacerdotal ocupando o cargo de Pai ou Mãe Pequeno da Casa.
As funções dos Pais Pequenos, não são vitalícias, podem ser transitória e durar o intervalo de um para outros, de acordo com a dedicação ou necessidade.
O Pai ou Mãe Pequeno participam da direção religiosa do templo e, devem estar regularmente presentes, é responsável pela orientação espiritual dos membros da corrente e auxilia na direção rito-litúrgico das giras.
É de suma importância que sejam devidamente respeitados e ajudados pelos membros da Corrente.
O desrespeito a qualquer um deles assume a proporção de desrespeito à Espiritualidade que os colocou no exercício desses cargos.
O CESG optou por não ter associados, que só querem ter direitos. Os membros da nossa Casa aceitam “doar” uma pequena contribuição mensal para custear as despesas básicas de manutenção de um Templo Religioso.
Imposto Territorial Propriedade Urbana, Energia Elétrica, Acomodações, Serviço e material de Limpeza pesada, Manutenção estrutural, Bebidas, fósforos, Centenas de velas de sete horas, pembas e etc., geram mensalmente uma despesa absurdamente alta para nossa Casa.
Importante lembrar que Pai Adilson vive com muita dignidade e honestidade de sua aposentadoria. Custeia sozinho suas despesas pessoais, além do custo com medicação e tratamento médico que tem sido muito alto.
Ele dá continuidade ao trabalho de caridade fundado pelo Pai Borges, que incansavelmente mantém nossa Casa aberta há quase Cem anos.
Desse modo, precisamos ter muita responsabilidade com o compromisso do pagamento de nossas mensalidades em dia e principalmente evitar o acúmulo. O valor é tão pequeno que pode ser priorizado junto com nossas despesas básicas de todo mês.
Não é possível, que tenhamos que falar desse assunto durante a gira, diante da assistência. Seria uma vergonha imensa, principalmente para nosso Pai.
No entanto, estamos aqui, pedindo a reflexão de cada um, para que possamos juntos harmonizar de maneira efetiva a Casa que escolhemos para fazer parte de uma família espiritual.
Por favor, colaborem com a mensalidade e quando possível, doem o que puderem a nossa Casa. Preferencialmente, doem velas de sete horas ou perguntem ao Dirigente o que estamos precisamos.
São terminantemente inaceitáveis, nas dependências da Casa, cochichos durante a gira, conversas frívolas, sobre a vida alheia ou mesmo sobre a própria vida, brincadeiras, piadas, risadas e palavrões que baixarão as vibrações ambientes, dificultando a atividade dos Guias e Protetores do Templo.
No sacudimento é expressamente proibido qualquer tipo de conversa, exceto aquela estritamente necessária para o desempenho litúrgico e ritualístico da religião e do culto espiritual, pois se trata de um ambiente consagrado e higienizado psiquicamente pelos amigos espirituais em vista das atividades que ali ocorrem para limpeza e energização dos necessitados.
Somente os indicados pelos dirigentes devem participar do sacudimento permitindo incorporação. Não há autorização astral e nem física para nenhum tipo de incorporação paralela durante o ritual de sacudimento e ponto riscado. Portanto se ocorrer será por conta de sua imaginação.
O CESG existe no Plano Espiritual e é um equipamento astral e um templo religioso na materialidade. Não somos um Clube Social e assuntos profanos devem ser tratados fora do templo. Lembremos que somos observados o tempo todo e muitos espíritos enfermos estão em atendimento.
Deve ser evitada, pelos membros da Corrente, enquanto não colocarem a roupa branca, conversas demoradas com o Público participante das atividades do templo religioso, pois assim serão evitados problemas. O público sempre quer saber sobre seus tratamentos, sobre os Guias, enaltecem médiuns, o que é prejudicial, pois provoca a vaidade, maior inimiga dos médiuns.
Quanto às atividades da casa e tratamentos, peçam que se dirijam aos dirigentes. Após colocarem a roupa branca, não devem os médiuns que vão trabalhar na gira dentro do terreiro falar com as pessoas da assistência.
Na Umbanda, os Pontos cantados devem agir como um mantra que, pela sua entonação, meditação do seu conteúdo e força da sua expressão vocal, agem, chamando, evocando as Entidades Trabalhadoras de Umbanda; atraindo as forças energéticas dos Orixás em benefício dos trabalhos de Umbanda; ou mesmo harmonizando a psique dos médiuns e frequentadores do Templo de Umbanda, no sentido de lhes aprimorar a fé, acalmar os sentidos e proporcionar-lhes coragem e paz. Todos têm o dever de cantarem e dançarem.
Não é necessário ter linda voz, pois não se trata de Teatro ou apresentação para os outros, mas sim de uma atitude de fé e confiança. Os pontos devem ser cantados com firmeza e em voz harmônica, dando-lhes toda a energia necessária a serem instrumentos invocadores e mantenedores das energias espirituais.
As incorporações, os passes, as desobsessões, os descarregos, feitos pelos médiuns são parte do conjunto de afazeres espirituais que dia a dia fazem parte da vida do médium. Portanto, o médium é o patrimônio maior desta maravilhosa religião de Umbanda. Cuide bem do seu templo interior, pois você é a igreja viva do orixá.
Os médiuns têm que tomar certos cuidados para seu perfeito desenvolvimento. Devem cuidar de sua cultura, honrar e respeitar os espíritos trabalhadores do Templo doar-se inteiramente à casa que trabalha, sem, entretanto, esquecer de equilibrar sua vida profissional, social e familiar, fugindo do fanatismo tão nocivo, e que trazem para a Umbanda efeitos desastrosos.
Na opinião daqueles que pensam e possuem certa cultura antropológica e religiosa, face à superstição, incultura e fanatismo de alguns membros de Casas ditas umbandistas, referem-se a ela como coisa de ignorantes e supersticiosos. Nada mais errado, pois a Umbanda se propõe a ser uma religião espiritualista que trabalha a fé pela razão.
Evitar vícios, controlar seu emocional e não cobrar nada da religião. Nunca aceitar favores ou pagamentos pelos trabalhos espirituais. Por isso mesmo, antes de aspirar a se a médium deve-se procurar saber os princípios filosóficos que norteiam as atividades Espiritualistas de Umbanda, que tem como norma essencial e vital a Educação, Disciplina e Trabalho.
A conduta do membro da corrente, no templo, tem que ser espelho da conduta do Sacerdote, sempre disposto a concorrer para transformar, com disciplina e seriedade, em saúde e alegria, a dor e o sofrimento do próximo.
Fora da Casa, nos locais públicos, de trabalho profano onde quer que o levem seus interesses materiais, deverá estar o cidadão correto, de moral ilibada, de conduta infensa a práticas reprováveis, testemunhando a vivência espiritualista crítica que ensina a umbanda.
Jamais um verdadeiro médium deixará de cumprir o seu dever espiritual para se dedicar a atividades de lazer. É um sacerdócio sagrado o encontro semanal na Casa, que é o mínimo que se exige para o crescimento espiritual e de consciência do indivíduo que se propõe a abraçar uma religião.
Da atividade mediúnica não decorrerá jamais qualquer paga ou retribuição, quer seja em dinheiro ou, indiretamente, através de presentes ou outra qualquer forma de retribuição.
Os benefícios auferidos pelo membro da Corrente são outros. É o sentimento do dever cumprido. É a certeza de estarmos a serviço dos orixás, socorrendo irmãos, usando pecaria faculdade da mediunidade que nos foi concedida, como sublime forma de praticarmos a caridade, elevando nossos espíritos e abrindo-lhes créditos na contabilidade cármica.
O exercício da função mediúnica é sacerdócio que somente poderá ser exercido com eficiência, quando a opção pela missão religiosa tenha sido feita com tranquila consciência e fé. Deve se sentir chamado por Jesus para colaborar com Ele na pregação do Evangelho e na ajuda aos irmãos sofredores.
A atuação harmoniosa no lar, com a família; a lealdade e a seriedade nos locais de trabalho e no relacionamento com os companheiros da vida terrena, são características indispensáveis ao bom médium.
Muitos médiuns têm dúvidas sobre as incorporações, achando que não é o espírito quem está falando, mas sim sua própria cabeça.
Tenham a certeza que quando for animismo os dirigentes da casa saberão como corrigi-lo. Tenha fé e confiança, deixe o Guia agir e você, no futuro, verá a beleza do trabalho mediúnico que ocorrerá através de você.
É impossível a comunicação pura do espírito. Para o exercício mediúnico é necessária a presença atuante do médium. Mediunidade é trabalho de dois: do Guia ou Protetor e do médium. O importante é a presença do espírito, com maior ou menor intensidade. Por isso, é de suma importância que o médium estude e se esforce, sendo, assim, um melhor veículo de trabalho para os seus Guias. .
Sabendo que, das qualidades mediúnicas, a semiconsciente é a que encontramos com maior frequência. O médium não deve participar a não ser como veículo de comunicação, mantendo-se totalmente neutro ou, ainda melhor, alheio ao que está passando como intermediário entre a espiritualidade e o plano terreno. Terminado o trabalho, procurar alhear-se a todo o acontecido. Se houver resquício de lembranças, com o tempo estas vão desaparecendo.
É expressamente proibido, ao médium ou Cambono, qualquer comentário sobre o ocorrido durante a fase de trabalho mediúnico seu ou de outros médiuns, A mediunidade é sacerdócio e, portanto, tudo o que ocorre durante os trabalhos, especialmente nas consultas, é como se fosse “segredo de confissão”. Esta é uma atitude de respeito aos Guias e Protetores, e aos irmãos que vêm em busca de sua mediunidade para ser consolado, socorrido e curado. Humildade, portanto, e Seriedade.
O fato é que, na mediunidade de incorporação semiconsciente, que, diga-se de passagem, também tem seus graus de variação, o espírito ao desprender-se do médium com o qual trabalha, deixa neste quase que a totalidade das informações recebidas ou transmitidas durante uma sessão. Caso haja alguma necessidade, o espírito, atuando no sistema nervoso central e também no cérebro, pode fazer com que o médium deixe de lembrar-se de alguma coisa, mas isto é exceção. A regra é o médium lembrar-se de quase tudo que foi dito pelo espírito trabalhador. Neste sentido, muito importante é o respeito e a obediência que os médiuns devem ter para com o segredo de sacerdócio.
A discrição do médium sobre os assuntos que sua semiconsciência pode registrar, durante a incorporação, é primordial no uso da faculdade mediúnica e tão importante quanto o segredo profissional do médico. O médium que refere a outrem o que foi confiado ao Guia incorre numa falha que prejudica a atuação da entidade que se manifesta, e abala a confiança do irmão que busca uma orientação ou uma palavra de conforto. Tal procedimento poderá acarretar ao médium seu imediato desligamento da Corrente.
Na atualidade, não se concebe deixar os iniciantes com a falsa ideia de que, incorporados por um espírito, sua mente se apagará temporariamente. Muitos médiuns, sob a ação dos espíritos, acham que não estão incorporados, visto terem ouvido de outros que, durante a manifestação dos espíritos, não há consciência no médium. Criam com isto uma série de dúvidas na mente dos iniciantes, fazendo com que muitos pensem até não serem médiuns de incorporação. A inconsciência é rara e visa sempre uma missão especial.
Se você é consciente, semiconsciente ou inconsciente, isto não tem nenhuma importância para as atividades mediúnicas e o trabalho espiritual do Templo. O que importa é a humildade, a fé, a assiduidade, a moral, o caráter e a conduta do médium.
A corrente é a grande força do templo umbandista. Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo. Tudo gira em torno dela. Se um elo dessa corrente estiver fraco, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a essa casa espiritual. Devemos sempre lembrar: “Ninguém é tão forte como todos nós juntos”.
Existem algumas ações que devem ser observadas pelos membros da Corrente durante os trabalhos mediúnicos:
a). Encostar-se na parede – Um médium não deve nunca se encostar à parede durante os trabalhos, pois muitas energias negativas circulam por trás da corrente mediúnica e assim, o médium pode pegar uma carga negativa que prejudicará o seu campo magnético.
b). Pôr a mão na cabeça dos médiuns e consulentes – Na cabeça, localiza-se o chakra coronário, por isso na Umbanda chama-se de coroa, por onde ela absorve as energias dos Orixás. Quando alguém coloca a mão na cabeça de outra pessoa, pode passar para ela suas próprias energias, que nem sempre são salutares e equilibradas, podendo, assim, causar dores, desconforto e confusão mental. Ainda, deve-se ao máximo evitar encostar-se no consulente. Somente nos casos em que ele fica tonto, deve-se ampará-lo fraternalmente segurando-o.
Sair da Corrente sem permissão – Na hora em que os Médiuns ou os Guias estão trabalhando ou dando os passes, muitas energias negativas, miasmas, larvas astrais, obsessores, sofredores e quiumbas, estão sendo retirados dos consulentes, bem como muitas energias positivas e vibradas pelos Sagrados Orixás estão sendo invocadas. Por esse motivo, os médiuns que estão desincorporados, devem estar com o pensamento firme, através de orações mentais ou cântico dos pontos, e não devem, nunca, sair da corrente sem autorização.
e). Usar joias, maquiagem em excesso, roupas íntimas escuras – As joias de metais, como brincos, pulseiras, correntes, tornozeleiras, etc., muitas vezes absorvem energias e ficam transmitindo-as a seus usuários. Como os trabalhos da magia de Umbanda são realizados com as energias da natureza transmitidas pelos Orixás, esses elementos de metal podem interferir na sua captação e diminuir a sua eficácia. As roupas íntimas escuras devem ser evitadas, pois chamam a atenção sob a roupa branca, além de coibir a absorção das energias positivas. Quaisquer adereços só podem ser usados com prévia autorização do dirigente.
Um dos aspectos que gera polêmica naqueles que desconhecem a Umbanda em seus fundamentos básicos diz respeito a sua liturgia (Culto, Rito ou Ritual), que muitos têm como atrasada. Isto acontece pela superstição e ignorância demonstrada por muitos médiuns em face da opinião pública.
Pois bem, acontece que cada coisa dentro de um templo umbandista, ali está por um determinado motivo. Nada é aleatório ou serve simplesmente como enfeite. Por trás de cada simples coisa, temos a movimentação das linhas de força da natureza e estruturas energéticas.
Os membros da Corrente devem sempre estar atentos aos rituais litúrgicos e razões da existência de determinados sítios sagrados:
I - Fazer uma cruz no chão, ao entrar ou sair da Casa na frente da casa de Exu na entrada do templo – Com esse gesto, estamos saudando o alto, o embaixo, a direita e a esquerda deste templo, pedindo permissão para Exu adentrar no local.
II - Cumprimentar o Congá - Esse é o ato de reverência e submissão a Deus, às Suas Divindades - Orixás - e aos Guias do Templo, inclusive aos seus próprios Guias. O membro da Corrente, sempre que entrar no Terreiro deve cumprimentar o primeiro Congá, encostando as mãos no mesmo e baixando suavemente a cabeça e, SOMENTE APÓS VESTIR A ROUPA BRANCA, assinar o livro de presença A saudação da Casa deverá ser feita tocando suavemente a cabeça - testa - na pedra de Xangó, mostrando aceitação e respeito ao solo sagrado do terreiro, bem como renovando a sua consagração como instrumento da misericórdia de Deus, pela ação dos Benfeitores Espirituais.
LEMBRE-SE: o que chega que tem o dever de se apresentar e cumprimentar os dirigentes e irmãos de corrente.
III - Trabalhar descalço - O médium, sempre que possível, deve incorporar descalço por uma questão de humildade e para facilitar a incorporação, bem como para haver melhor descarga dos fluídos nocivos, diretamente para a terra. A terra é absorvedouro natural de cargas energéticas, facilitando na desimpregnação da pessoa que está sendo atendida. Estando o médium calçado, estará isolado da terra, o que dificultará a eliminação dos fluídos negativos.
IV - Os Pontos Cantados - em realidade os pontos cantados, como já ditos antes, são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as potências espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás dos pontos que, se entoados com amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.
VI - Passes - O passe é uma transfusão de energias psicofísicas, através do qual o médium cede de si mesmo em benefício de outrem. Para o êxito dessa operação, cabe ao médium passista buscar na prece o fio de ligação com os planos mais elevados da vida. Mágoas excessivas, paixões, desequilíbrio emocional, bem como alimentos inadequados e alcoólicos, são fatores que reduzem as possibilidades do passista e que, portanto, devem ser evitados. Aqueles que se consagram aos trabalhos de assistência aos enfermos através da Fluido terapia devem cultivar, além da humildade, boa vontade, pureza de fé, elevação de sentimentos e amor fraternal. Os passes podem ser administrados pelo médium sem estar “incorporado”, Nos trabalhos de Umbanda são muito utilizados os passes dados pelos guias espirituais através de seus médiuns pela irradiação intuitiva. Nesse tipo de passe, são utilizados os recursos pessoais do médium aliados às energias ativadas pelos seus guias espirituais. É tão válido como o passe dado pelo médium incorporado.
VIII - Os Pontos de Força dos Orixás - Desde o advento da humanidade no globo terrestre, a natureza tem sido fonte inesgotável de recursos bioenergéticos para a criação, evolução e sedimentação dos vários organismos que a compõem.
É da natureza que se extrai os elementos necessários ao reajustamento das faculdades biopsicomotoras, tão importantes à mente, ao espírito e a parte corpórea. É na natureza que há uma maior interação entre o plano material e o astral. Em contato com rios, florestas, cachoeiras, mares etc., absorvemos as vibrações emanadas do Cosmo, que são recepcionadas por estes sítios de captação fluídico-espiritual.
Durante um gira ou sessão nos campos vibratórios, somos ofertados por nossos Guias e Protetores com uma contínua carga de fluídos positivos, cujos elementos constitutivos são retirados das flores, folhas, raízes, água doce, água salgada etc.
Neste aspecto, o trabalho de nossos amigos espirituais é facilitado, pois estando seus aparelhos em contato direto com a natureza, e por isto sujeitos à influência das energias dali emanadas, a missão de impregnação fluídica positiva torna-se mais eficaz, o que seria difícil acontecer longe destes campos.
Devido ao acúmulo de cargas eletromagnéticas densamente negativas sobre as cidades, produto do atual estágio consciencial e comportamental das pessoas, os fluídos dos sítios vibratórios sofrem, quando direcionados a outro lugar, o ataque de energias negativas chamadas formas-pensamento e também de espíritos de baixa vibração, que impedem, total ou parcialmente, que aquelas energias cheguem ao seu destino.
Desta forma, a natureza constitui-se em fonte de equilíbrio, reequilíbrio, harmonização, desintoxicação, assepsia, imantação e caridade, frente aos trabalhos de Umbanda.
Temos dentro do terreiro a representação simbólica dos orixás cultuados que servem como pontos de apoio mental para a invocação destas energias sagradas, como se estivéssemos na própria natureza virginal.
APETRECHOS E UTENSÍLIOS LITÚRGICOS: Os apetrechos têm várias utilidades, normalmente eles servem para trazer algum tipo de vibração que será utilizada nos trabalhos que serão realizados.
I - Roupa Branca - O branco na verdade não é uma cor, e sim o somatório de todas elas e, por isso, traz consigo as propriedades terapêuticas de todas. O branco, também, favorece a mente estimulando a pensamentos mais puros e sublimes. Por isso é que são usadas nos templos umbandistas, apenas roupas brancas. Elas são consideradas objetos ritualísticos e sagrados. Sendo assim, o membro da corrente deverá zelar por ela, guardando-a em separado do restante das roupas, de preferência em uma sacola com algodão embebido da essência relativa ao Orixá que preside a atual encarnação dele. Sua lavagem deverá ser feita também em separado.
II - Congá – O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.
É Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer sejam positivos ou negativos.
É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicosfera dos presentes.
É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (para-raios) comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.
É Expansor, pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.
É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.
É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do templo a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).
O Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão dos mentores de Aruanda.
III - Imagens - Para simbolizar para o filho de Umbanda como é o Caboclo, o Preto Velho e demais Espíritos e orixás humanizados, principalmente para aquele que não possui vidência. É um meio de aproximar o espírito e não se ora nem adora a imagem e sim o que ela representa, não esqueçam disso nunca.
IV - Atabaques – Eles servem para manter o ambiente sob uma vibração homogênea e fazer com que todos os médiuns permaneçam em um mesmo padrão vibratório. Aos Ogãns, a responsabilidade de permanecerem o tempo todo a disposição da gira, atentos aos procedimentos e as orientações do Sacerdote.
Os membros da equipe do atabaque não devem sair de sua posição para consultas e afins, salvo muita necessidade e importância. Devem aprender com o Ogãn Chefe a moldar seu comportamento e sua conduta diante de imensa responsabilidade. Homens e mulheres tem direitos iguais também nessa função.
V - Sineta Litúrgica – É um instrumento usado para saudar ou chamar uma entidade. Deve ser consagrada e utilizada em momentos apropriados somente pelo Diretor Espiritual ou por quem ele indicar, devendo ser guardado no Congá e nos pontos de força adequados para este mister.
VI - Pemba - A força esotérica da escrita astral, na Umbanda é feita pela pemba (giz oval – forma cônica) que tem o poder de abrir e fechar trabalhos de magia. Servem também para traçar pontos que servem de firmeza e captação de forças para os trabalhos.
Pode-se afirmar que a Pemba é um instrumento sagrado da Umbanda, pois nada pode se fazer com segurança sem os pontos riscados. A Pemba é confeccionada em calcário e modulada em formato ovoide alongado, e serve para, para ao riscar, estabelecer ritualisticamente o contato vibratório com as energias cósmicas.
VII - Pó de Pemba – Quando lançada ao ar, no ambiente ou sobre as pessoas, tem a função de purificação.
VIII - Charutos, cigarros e cachimbos - Assim, à primeira vista, pode parecer incoerente uma entidade de luz "Fumar" um cachimbo ou charuto. E seria se realmente fumassem. Mas eles não fumam. O que fazem é se utilizarem dos elementos das ervas, juntamente com o elemento ígneo (fogo) e aéreo (ar), para desestruturar larvas, miasmas e bactérias astrais que muitas vezes estão presentes na aura dos consulentes. É como se fosse uma defumação dirigida.
O uso deste material ainda é imprescindível na maioria dos terreiros, pois, para lá, vão pessoas com todo tipo de necessidade, muitas com problemas espirituais graves e que emanam correntes mentais intoxicadas, pensamentos pesados, agressivos, enfim, com desmandos causados pela invigilância e descaso para com sua própria conduta. E é para combater essa classe de coisas que os nobres mentores passam a utilizar tais elementos, a fim de livrarem seus filhos de doenças e outros males. Nosso Planeta ainda é um grande hospital e, para cada doente, há um tipo de remédio.
Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve, arregimenta as mais variadas energias do solo e do meio ambiente, absorvendo calor, magnetismo, raios infravermelhos e ultravioletas do sol, polarização eletrizante da lua, éter físico, sais minerais, oxigênio, hidrogênio, luminosidade, aroma, fluidos etéreos, cor, vitaminas, nitrogênio, fósforo, potássio e o húmus da terra. Assim, o fumo condensa forte carga etérea e astral que, ao ser liberada pela queima, emanam energias que atuam positivamente no mundo oculto, podendo desintegrar fluídos adversos à contextura perispiritual dos encarnados e desencarnados.
O charuto e o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades são tão somente defumadores individuais. Lançando a fumaça sobre a aura, os plexos ou feridas, vão os espíritos utilizando sua magia em benefício daqueles que os procuram com fé.
IX - Defumação - Momento de imensa concentração e silêncio. Através dos aromas podemos ficar relaxados, agitados, próximos ou afastados de pessoas, coisas ou lugares. Por este motivo, os templos do Egito antigo, dos Hindus, Persas, e hoje os templos umbandistas, católicos, esotéricos etc. sensibilizam o olfato através dos odores da defumação, harmonizando e aumentando o teor das vibrações psíquicas, produzindo condições de recepção e inspiração nos planos físico e espiritual.
Além de influenciar em nossas vibrações psíquicas, as ervas utilizadas na defumação são poderosos agentes de limpeza vibratória, que tornam o ambiente mais agradável e leve. Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos no solo da Terra, absorção de nutrientes dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, sensualidade, etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas para os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades).
Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos.
X - Vela - É utilizada para atrair a luz da vibração ígnea, para si, para um espírito, para desfazer trabalho, para pedir graças ou agradecer aos espíritos. As cores variam de acordo com a necessidade do trabalho ou vibrações da pessoa. É sempre o elemento fogo sendo ativado e utilizado para determinados benefícios.
XI - Marafo - (Aguardente de Cana) - Usado para descarrego e oferenda de gratidão aos trabalhos dos Exus.
Na magia de Umbanda utilizam-se elementos hídrico-eólicos de acordo com o trabalho realizado. Além das bebidas, como: aguardente ou marafo, vinhos, licores, champanhe, etc., são também utilizados água, éter, álcool, azeite etc., que são elementos líquidos e voláteis possuidores de equivalência no éter refletor, ou seja, tem a sua contraparte astral com a qual se acasala e condensa ou projeta as vibrações que são firmadas na oferenda.
O que é preciso que fique claro é que esses elementos líquidos não são utilizados para servirem de bebidas aos Exus, não! Sua finalidade é puramente magística e presta-se para fins de movimentação de forças sutis. Juntamente com os demais elementos das oferendas, formam escudos elementais, inclusive em casos especiais para dar maior frequência vibratória ao corpo astral do médium magista para que não sofra bruscas agressões quando está em trabalho de descargas várias, ou desmanche de magia negra.
Portanto, eis a real finalidade de se usar as bebidas e demais líquidos nos trabalhos magísticos para fins diversos.
O consumo excessivo nunca é uma necessidade de nenhuma entidade, o consumo deve ser simbólico e atentamente controlado pelos Cambonos e Dirigentes.
XII - Água - A água é um fator preponderante na Umbanda. Ela mata, cura, pune, redime, porque a água tem o poder de absorver, acumular ou descarregar qualquer vibração, seja benéfica ou maléfica.
A água que se apanha na cachoeira, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas, assim como a água do mar, batida contra as rochas e as areias da praia, também acontece o mesmo, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas.
A água da chuva, quando cai é benéfica, pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai a si as vibrações negativas do local.
XIII - Guias - As Guias usadas na Umbanda são polos de irradiação, para-raios e defesa, para os médiuns. Para montar uma guia, deve-se montar tranquilo, sem agitação externa.
Os Banhos de Ervas são transmissões de forças magnéticas para fortalecer, descarregar e limpar a aura, e o perispírito do membro da corrente ou do consulente.
Os banhos só poderão ser prescritos pelos Guias em trabalho, ou pelo Diretor Espiritual do Templo. Por sua vez os preceitos de firmeza mediúnica SOMENTE são prescritos e acompanhados pelo Guia-Chefe e Sacerdote-dirigente.
Todos os banhos de descarga devem ser tomados do pescoço pra baixo; só se deve jogar o banho na cabeça quando for indicado pelo Guia de Trabalho.
As folhas que caem dos banhos de ervas devem ser recolhidas e despachadas (jogadas) nos locais apropriados; em geral, vasos grandes de plantas, jardins, num rio ou mata, mas nunca no lixo e nem nas ruas.
Ao vir para a Gira, prepare-se:
Limpeza e higiene Pessoal completa.
Roupa branca devidamente higienizada e passada. As roupas de todos devem ser brancas, relativamente padronizadas, que cubra maior parte do corpo, principalmente durante os movimentos da incorporação durante a gira. Ao se curvar até o chão nenhuma parte do corpo deve ficar descoberta, dessa forma é necessário usar tamanhos maiores em que usamos em nosso dia a dia.
Roupas de uso comum adequadas ao ambiente e de cores claras.
Alimentação leve e de fácil digestão.
Abstenção de bebidas alcoólicas no mínimo por 24 horas.
Procurar ter um dia calmo e sem brigas.
Buscar deixar o lar em harmonia.
Deixar os baixos sentimentos longe de você.
Olhar o Desenvolvimento como uma fase promissora e demorada na sua caminhada espiritual.
Respeitar sempre a graduação dos mais velhos e dos sábios.
Lembrar sempre que o ritual é longo e devera ser aprendido vagarosamente.
A limpeza do Centro depende de você também, conserve o salão mediúnico, a cozinha arrumada, o banheiro higienizado, o vestiário organizado, etc. E mantenha lixo, na lixeira.
O pagamento em dias das mensalidades e rateios, sendo este o único processo para manutenção e acesso a confortabilidade.
A lealdade e cumplicidade com o Templo, evitando panelas, fofocas e críticas destrutivas.
Manutenção integral da corrente, informando ao Diretor Espiritual ou ao Cambono Chefe sua ausência, apresentando os motivos, ou sua saída para água, banheiro, etc.
Busque trazer os materiais necessários para as suas entidades, não necessitando, assim, utilizar o material de seus irmãos.
Avise sempre ao Diretor Espiritual Chefe, se for o caso, quando for faltar a sessão, pois isto é norma obrigatória da disciplina.
Auxilie sempre quando solicitado.
As saídas depois da sessão devem ser feitas de forma silenciosa.
Seguindo tais sugestões, teremos com certeza um grupo mais interativo e harmônico.
Manter, dentro e fora do agrupamento, na sua vida espiritual, religiosa e particular, conduta irrepreensível;
Procurar instruir-se nos assuntos espirituais e morais, estando atendo aos estudos, frequentando os Cursos, especialmente o Curso Básico de Espiritualismo de Umbanda;
Conservar sua saúde psíquica e física estando atento, principalmente, aos aspectos morais;
Não alimentar vibrações negativas, estando atento à necessária manutenção dos atributos positivos, quais sejam: Fortaleza, Firmeza, Entendimento, Sabedoria, Vontade, Justiça e Humildade;
Estar atendo às influências negativas para evitá-las, quais sejam: ira, leviandade, receio, soberba, egoísmo, arrebatamento, vaidade e luxúria, maledicência, etc... Lembre-se do alerta que nos dá o Mestre Jesus no Evangelho: “Vigiai e orai, pois a o espírito é forte, mas a carne é fraca”;
Não julgar que as entidades espirituais que o assistem são "mais fortes" ou "mais poderosas" que as demais, isto seria uma leviandade provocada pela imaturidade espiritual;
Dê paz a seu protetor no Astral, deixando de falar tanto no seu nome, isto é, vibrando constantemente nele. Procedendo assim, você estará se fanatizando e "aborrecendo" a entidade.
Quando for à Sessão de Desenvolvimento, de Caridade ou outra atividade afim ao agrupamento, não vá aborrecido e quando lá chegar, evite conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de paz, fé e caridade pura para com o próximo.
Lembre-se sempre de que sendo você um médium desenvolvido ou em desenvolvimento, é de sua conveniência tomar banhos de descarga ou lustrais, determinados pela Casa.
Não use "guias" ou colares de qualquer natureza sem ordem comprovada do Dirigente da Casa;
Não se preocupe em saber o nome do seu Guia ou protetor antes que ele julgue necessário e por seu próprio intermédio.
É de toda conveniência também, para você, não tentar reproduzir, de maneira alguma, qualquer ponto riscado que o tenha impressionado, dessa ou daquela forma;
Não mantenha convivência com pessoas más, viciosas ou maldizentes etc. Isto é importante para o equilíbrio de sua aura e de seus próprios pensamentos. Tolerar a ignorância não é compartilhar dela!
Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar às recompensas materiais ou espirituais;
Tenha ânimo forte através de qualquer prova ou sofrimento. Aprenda confiar e a esperar. Nos obstáculos e desafios é que se apresentam os melhores ensinamentos;
Faça um recolhimento diário, pelo menos de meia hora, a fim de orar e meditar sobre suas ações e outras coisas importantes de sua vida, não adormeça sem ter lido um texto do Evangelho;
Não confie a qualquer um seus problemas ou "segredos". Escolha a pessoa indicada para isso;
Não tema a ninguém, pois o medo é a prova de que está em débito com a sua consciência;
Lembre-se sempre que todos erram, pois o erro faz parte da condição humana e, portanto, ligados à dor, a sofrimentos vários, consequentemente, às lições, com suas experiências. Sem dor, sofrimento, lições e experiências não há Carma, não há humanização e nem polimento íntimo.
O importante é que não se erre mais, ou não se cometa os mesmos erros. Passe uma esponja no passado, erga a cabeça e procure a senda da reabilitação (caso se julgue culpado de alguma coisa), e para isso, "elimine" a sua vaidade e não se importe, em absoluto, com o que os outros dizem de você.
Faça tudo para ser tolerante e compreensivo, pois assim, somente coisas boas poderão ser ditas de você;
Zele por sua saúde física, com uma alimentação racional e equilibrada;
Não abuse de carnes, fumo e outros excitantes, principalmente, álcool
Nos dias de sessão, regule a sua alimentação, preferencialmente evitando alimentação pesada, e faça tudo para se encaminhar aos trabalhos espirituais, limpo de corpo e espírito.
Não se esqueça preferencialmente não se devem ter relações ou contatos carnais 24 horas antes das Giras e Trabalhos mediúnicos;
Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o médium, os bons espíritos somente assistem com precisão se verificarem uma boa dose de humildade ou simplicidade no coração;
Aprenda lentamente a orar confiando em Deus. Cumpra as ordens ou conselhos de seus guias ou protetores. Eles são os seus grandes e talvez únicos amigos de fato, e querem somente a sua felicidade e bem-estar;
Preserve-se, para seu próprio equilíbrio e segurança, contra os aspectos que envolvem sempre ângulos escusos relacionados com o baixo astral. Isso não é próprio das coisas que se entende como caridade. Isso é vampirizarão, sugação de gente viciada, interesseira, que pensa ser a Umbanda uma "agencia comercial", e o terreiro, o "balcão" onde pretendem servir-se através de seu guia ou protetor.
Enfim, não permita que o baixo astral alimente as correntes mentais e espirituais de sua Tenda, pois se isso acontecer, você dificilmente se livrará dele – será seu escravo...
Todos os médiuns do CESG devem comparecer às Sessões de Caridade no mínimo até 30 minutos antes do horário estabelecido para o início dos trabalhos, que é às 18h. Recomendamos para uma melhor harmonização comparecer com uma hora de antecedência.
As sessões de caridade da casa têm horário certo para iniciar no plano astral.
Todos os médiuns, ao chegarem saudarão a "Tronqueira" na entrada do Templo, para saudar o Exu Guardião da Casa; para pedir permissão para adentrar no Templo, que é um Santuário Sagrado; para pedir proteção durante a Sessão; e, para pedir que as energias negativas, por ventura envolta no médium, possam ser dissipadas. Não são permitidos aos médiuns contatos ou conversas com a assistência.
Os médiuns não poderão fazer uso dos vestiários para discussões, contendas ou comentários jocosos. Os médiuns ao entrarem no vestiário antes do inicio dos trabalhos se obrigam a manter o silêncio necessário, bem como, ao se encaminharem ao Templo devem fazê-lo ainda dentro da mais respeitável atitude, tudo de acordo com o Ritual estabelecido, a fim de tomar os respectivos lugares.
À saída, também devem obedecer às mesmas condições de disciplina, mas é um momento de descontração, de alegria pelo dever cumprido, em que a camaradagem saudável e o bom humor fraternal são bem vindos;
Pedir e receber a benção ao Pai de Santo, aos Pais Pequenos e aos Ogãns é um ritual de finalização da gira, de respeito e/ou afeto aos dirigentes da Casa e deve ser um compromisso obrigatório e satisfatório.
Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina deve ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia. O pilar da hierarquia religiosa na Umbanda:
SACERDOTE-CHEFE = Presidente da Instituição
SACERDOTES AUXILIARES = Pais e Mães Pequenos
CAMBONO CHEFE = Auxilia os Sacerdotes e orienta os cambonos da Casa
OGÃ -CHEFE = Disciplina, atenção, canto, atabaque
MÉDIUNS DE TRABALHO OU TRONQUEIRA = Médiuns que auxiliam o desenvolvimento dos médiuns e na ordem da casa,
MÉDIUNS DE DESENVOLVIMENTO = Médiuns iniciantes nos trabalhos da casa.
Sugerimos, devido a complexidade e a necessidade a releitura de nossos textos, na página de nosso blog: cesgestudos.blogspot.com
CESG, Atualizado em Julho de 2017.
Diz-nos ainda Caboclo Pery que “uma banana podre não deve contaminar o cacho” orientando que o interesse coletivo não deve e não pode ser ameaçado por interesses individuais egoísticos.
O Trabalho é constituído pelas atividades dos membros da Casa. Essas atividades vão desde o desempenho da mediunidade, até a colaboração para o asseio e manutenção da parte física de todo Templo – obrigação aberta a participação de todos.
A presença dos membros da Corrente nas atividades da Casa é de vital importância. Quando você se alista como membro da Corrente, o Plano Astral inclui seu nome na lista de trabalhadores da casa, seus Guias se postam para prepará-lo para o desempenho da sua mediunidade, em nome de Jesus e dos orixás, a serviço da caridade e do crescimento espiritual.
Sua falta cria um vazio, um buraco nos elos da Corrente. Você não vem, mas seus Guias veem, eles não faltam e, que pena, não lhe encontram.
É pedido ao membro da Casa que dê no mínimo um momento de sua vida semanal a serviço da espiritualidade, que, com certeza, saberá lhe retribuir com aumento de paz e tranquilidade interior, defendendo-o das investidas do mal no sentido que o médium estará fazendo parte de um agrupamento que serve a coletividade.
Lembre-se que, embora nos dispomos ao serviço da caridade, nós é que somos os maiores beneficiados com ela, pois o irmãozinho sofredor dos dois lados da vida, encarnado e desencarnado, a quem somos direcionados a ajudar, nos oferece a oportunidade de resgate de dívidas e aumento de bônus espiritual, se o fazemos na disciplina, na ordem e no amor.
Somente três razões justificam, para um médium consciente e sério, a ausência como membro da Corrente e de suas atividades, que são elas: Doença (própria ou de filhos ou dependentes que necessitem da sua presença); Trabalho Profissional; Férias anuais ou eventos familiares que obriguem a presença do médium (que deverão ser combinadas com os dirigentes).
Qualquer outra razão séria poderá ocorrer desde que autorizada pelo Sacerdote Dirigente.
Tendo necessidade de faltar a alguma atividade no Templo, o membro da Corrente deverá comunicar, obrigatoriamente, ao sacerdote dirigente e/ou aos Pais Pequenos, se possível com antecedência, para que possa ser substituído na sua atividade, pois não devemos perder tempo com imprevisto, pois sempre temos muitas atividades a fazer para atender a todos que vem pedir ajuda.
Não devemos nos habituar com ausências repetidas, vir numa sessão e faltar outra, ou vem numa sessão e falta duas. Nestes casos, em que o membro da corrente não consegue ter REGULARIDADE e FREQUÊNCIA, prejudica nossa tarefa religiosa que visa atender a coletividade.
Por vezes é necessário o afastamento para que o médium possa calmamente refletir sobre a sua conduta, postura e disposições psíquicas que o estão desarmonizando.
Deve questionar-se o quanto a lei de afinidade faz com que ele permita interferências deletérias de consciências encarnadas e desencarnadas que nublam o seu discernimento e o colocam em campos vibratórios negativos prejudicando seriamente a harmonia coletiva da corrente.
As obsessões entre encarnados, desencarnados e encarnado e vice-versa, bem como as auto-obsessões, são geradas e mantidas por uma postura equivocada daquele que em geral se considera a vítima.
Não é autorizado em nossa Casa e nem no Plano Espiritual ao médium membro da corrente participar de cursos ou preparações que tenham "iniciações"; como consagrações sacerdotais, de tronqueiras e altares, de firmezas diversas e otás de orixás - sendo considerado quebra de decoro ético com a Coroa de Irradiação dos Orixás que assistem a egrégora da Casa.
O CESG é dirigido religiosamente pelo Sacerdote Dirigente Pai Adilson Borges, cargo vitalício e por isso, controlador de todas as decisões inerentes a Casa, em todos os aspectos.
A qualquer momento demais médiuns podem ser indicados por ele na função sacerdotal ocupando o cargo de Pai ou Mãe Pequeno da Casa.
As funções dos Pais Pequenos, não são vitalícias, podem ser transitória e durar o intervalo de um para outros, de acordo com a dedicação ou necessidade.
O Pai ou Mãe Pequeno participam da direção religiosa do templo e, devem estar regularmente presentes, é responsável pela orientação espiritual dos membros da corrente e auxilia na direção rito-litúrgico das giras.
É de suma importância que sejam devidamente respeitados e ajudados pelos membros da Corrente.
O desrespeito a qualquer um deles assume a proporção de desrespeito à Espiritualidade que os colocou no exercício desses cargos.
O CESG optou por não ter associados, que só querem ter direitos. Os membros da nossa Casa aceitam “doar” uma pequena contribuição mensal para custear as despesas básicas de manutenção de um Templo Religioso.
Imposto Territorial Propriedade Urbana, Energia Elétrica, Acomodações, Serviço e material de Limpeza pesada, Manutenção estrutural, Bebidas, fósforos, Centenas de velas de sete horas, pembas e etc., geram mensalmente uma despesa absurdamente alta para nossa Casa.
Importante lembrar que Pai Adilson vive com muita dignidade e honestidade de sua aposentadoria. Custeia sozinho suas despesas pessoais, além do custo com medicação e tratamento médico que tem sido muito alto.
Ele dá continuidade ao trabalho de caridade fundado pelo Pai Borges, que incansavelmente mantém nossa Casa aberta há quase Cem anos.
Desse modo, precisamos ter muita responsabilidade com o compromisso do pagamento de nossas mensalidades em dia e principalmente evitar o acúmulo. O valor é tão pequeno que pode ser priorizado junto com nossas despesas básicas de todo mês.
Não é possível, que tenhamos que falar desse assunto durante a gira, diante da assistência. Seria uma vergonha imensa, principalmente para nosso Pai.
No entanto, estamos aqui, pedindo a reflexão de cada um, para que possamos juntos harmonizar de maneira efetiva a Casa que escolhemos para fazer parte de uma família espiritual.
Por favor, colaborem com a mensalidade e quando possível, doem o que puderem a nossa Casa. Preferencialmente, doem velas de sete horas ou perguntem ao Dirigente o que estamos precisamos.
São terminantemente inaceitáveis, nas dependências da Casa, cochichos durante a gira, conversas frívolas, sobre a vida alheia ou mesmo sobre a própria vida, brincadeiras, piadas, risadas e palavrões que baixarão as vibrações ambientes, dificultando a atividade dos Guias e Protetores do Templo.
No sacudimento é expressamente proibido qualquer tipo de conversa, exceto aquela estritamente necessária para o desempenho litúrgico e ritualístico da religião e do culto espiritual, pois se trata de um ambiente consagrado e higienizado psiquicamente pelos amigos espirituais em vista das atividades que ali ocorrem para limpeza e energização dos necessitados.
Somente os indicados pelos dirigentes devem participar do sacudimento permitindo incorporação. Não há autorização astral e nem física para nenhum tipo de incorporação paralela durante o ritual de sacudimento e ponto riscado. Portanto se ocorrer será por conta de sua imaginação.
O CESG existe no Plano Espiritual e é um equipamento astral e um templo religioso na materialidade. Não somos um Clube Social e assuntos profanos devem ser tratados fora do templo. Lembremos que somos observados o tempo todo e muitos espíritos enfermos estão em atendimento.
Deve ser evitada, pelos membros da Corrente, enquanto não colocarem a roupa branca, conversas demoradas com o Público participante das atividades do templo religioso, pois assim serão evitados problemas. O público sempre quer saber sobre seus tratamentos, sobre os Guias, enaltecem médiuns, o que é prejudicial, pois provoca a vaidade, maior inimiga dos médiuns.
Quanto às atividades da casa e tratamentos, peçam que se dirijam aos dirigentes. Após colocarem a roupa branca, não devem os médiuns que vão trabalhar na gira dentro do terreiro falar com as pessoas da assistência.
Na Umbanda, os Pontos cantados devem agir como um mantra que, pela sua entonação, meditação do seu conteúdo e força da sua expressão vocal, agem, chamando, evocando as Entidades Trabalhadoras de Umbanda; atraindo as forças energéticas dos Orixás em benefício dos trabalhos de Umbanda; ou mesmo harmonizando a psique dos médiuns e frequentadores do Templo de Umbanda, no sentido de lhes aprimorar a fé, acalmar os sentidos e proporcionar-lhes coragem e paz. Todos têm o dever de cantarem e dançarem.
Não é necessário ter linda voz, pois não se trata de Teatro ou apresentação para os outros, mas sim de uma atitude de fé e confiança. Os pontos devem ser cantados com firmeza e em voz harmônica, dando-lhes toda a energia necessária a serem instrumentos invocadores e mantenedores das energias espirituais.
As incorporações, os passes, as desobsessões, os descarregos, feitos pelos médiuns são parte do conjunto de afazeres espirituais que dia a dia fazem parte da vida do médium. Portanto, o médium é o patrimônio maior desta maravilhosa religião de Umbanda. Cuide bem do seu templo interior, pois você é a igreja viva do orixá.
Os médiuns têm que tomar certos cuidados para seu perfeito desenvolvimento. Devem cuidar de sua cultura, honrar e respeitar os espíritos trabalhadores do Templo doar-se inteiramente à casa que trabalha, sem, entretanto, esquecer de equilibrar sua vida profissional, social e familiar, fugindo do fanatismo tão nocivo, e que trazem para a Umbanda efeitos desastrosos.
Na opinião daqueles que pensam e possuem certa cultura antropológica e religiosa, face à superstição, incultura e fanatismo de alguns membros de Casas ditas umbandistas, referem-se a ela como coisa de ignorantes e supersticiosos. Nada mais errado, pois a Umbanda se propõe a ser uma religião espiritualista que trabalha a fé pela razão.
Evitar vícios, controlar seu emocional e não cobrar nada da religião. Nunca aceitar favores ou pagamentos pelos trabalhos espirituais. Por isso mesmo, antes de aspirar a se a médium deve-se procurar saber os princípios filosóficos que norteiam as atividades Espiritualistas de Umbanda, que tem como norma essencial e vital a Educação, Disciplina e Trabalho.
A conduta do membro da corrente, no templo, tem que ser espelho da conduta do Sacerdote, sempre disposto a concorrer para transformar, com disciplina e seriedade, em saúde e alegria, a dor e o sofrimento do próximo.
Fora da Casa, nos locais públicos, de trabalho profano onde quer que o levem seus interesses materiais, deverá estar o cidadão correto, de moral ilibada, de conduta infensa a práticas reprováveis, testemunhando a vivência espiritualista crítica que ensina a umbanda.
Jamais um verdadeiro médium deixará de cumprir o seu dever espiritual para se dedicar a atividades de lazer. É um sacerdócio sagrado o encontro semanal na Casa, que é o mínimo que se exige para o crescimento espiritual e de consciência do indivíduo que se propõe a abraçar uma religião.
Da atividade mediúnica não decorrerá jamais qualquer paga ou retribuição, quer seja em dinheiro ou, indiretamente, através de presentes ou outra qualquer forma de retribuição.
Os benefícios auferidos pelo membro da Corrente são outros. É o sentimento do dever cumprido. É a certeza de estarmos a serviço dos orixás, socorrendo irmãos, usando pecaria faculdade da mediunidade que nos foi concedida, como sublime forma de praticarmos a caridade, elevando nossos espíritos e abrindo-lhes créditos na contabilidade cármica.
O exercício da função mediúnica é sacerdócio que somente poderá ser exercido com eficiência, quando a opção pela missão religiosa tenha sido feita com tranquila consciência e fé. Deve se sentir chamado por Jesus para colaborar com Ele na pregação do Evangelho e na ajuda aos irmãos sofredores.
A atuação harmoniosa no lar, com a família; a lealdade e a seriedade nos locais de trabalho e no relacionamento com os companheiros da vida terrena, são características indispensáveis ao bom médium.
Muitos médiuns têm dúvidas sobre as incorporações, achando que não é o espírito quem está falando, mas sim sua própria cabeça.
Tenham a certeza que quando for animismo os dirigentes da casa saberão como corrigi-lo. Tenha fé e confiança, deixe o Guia agir e você, no futuro, verá a beleza do trabalho mediúnico que ocorrerá através de você.
É impossível a comunicação pura do espírito. Para o exercício mediúnico é necessária a presença atuante do médium. Mediunidade é trabalho de dois: do Guia ou Protetor e do médium. O importante é a presença do espírito, com maior ou menor intensidade. Por isso, é de suma importância que o médium estude e se esforce, sendo, assim, um melhor veículo de trabalho para os seus Guias. .
Sabendo que, das qualidades mediúnicas, a semiconsciente é a que encontramos com maior frequência. O médium não deve participar a não ser como veículo de comunicação, mantendo-se totalmente neutro ou, ainda melhor, alheio ao que está passando como intermediário entre a espiritualidade e o plano terreno. Terminado o trabalho, procurar alhear-se a todo o acontecido. Se houver resquício de lembranças, com o tempo estas vão desaparecendo.
É expressamente proibido, ao médium ou Cambono, qualquer comentário sobre o ocorrido durante a fase de trabalho mediúnico seu ou de outros médiuns, A mediunidade é sacerdócio e, portanto, tudo o que ocorre durante os trabalhos, especialmente nas consultas, é como se fosse “segredo de confissão”. Esta é uma atitude de respeito aos Guias e Protetores, e aos irmãos que vêm em busca de sua mediunidade para ser consolado, socorrido e curado. Humildade, portanto, e Seriedade.
O fato é que, na mediunidade de incorporação semiconsciente, que, diga-se de passagem, também tem seus graus de variação, o espírito ao desprender-se do médium com o qual trabalha, deixa neste quase que a totalidade das informações recebidas ou transmitidas durante uma sessão. Caso haja alguma necessidade, o espírito, atuando no sistema nervoso central e também no cérebro, pode fazer com que o médium deixe de lembrar-se de alguma coisa, mas isto é exceção. A regra é o médium lembrar-se de quase tudo que foi dito pelo espírito trabalhador. Neste sentido, muito importante é o respeito e a obediência que os médiuns devem ter para com o segredo de sacerdócio.
A discrição do médium sobre os assuntos que sua semiconsciência pode registrar, durante a incorporação, é primordial no uso da faculdade mediúnica e tão importante quanto o segredo profissional do médico. O médium que refere a outrem o que foi confiado ao Guia incorre numa falha que prejudica a atuação da entidade que se manifesta, e abala a confiança do irmão que busca uma orientação ou uma palavra de conforto. Tal procedimento poderá acarretar ao médium seu imediato desligamento da Corrente.
Na atualidade, não se concebe deixar os iniciantes com a falsa ideia de que, incorporados por um espírito, sua mente se apagará temporariamente. Muitos médiuns, sob a ação dos espíritos, acham que não estão incorporados, visto terem ouvido de outros que, durante a manifestação dos espíritos, não há consciência no médium. Criam com isto uma série de dúvidas na mente dos iniciantes, fazendo com que muitos pensem até não serem médiuns de incorporação. A inconsciência é rara e visa sempre uma missão especial.
Se você é consciente, semiconsciente ou inconsciente, isto não tem nenhuma importância para as atividades mediúnicas e o trabalho espiritual do Templo. O que importa é a humildade, a fé, a assiduidade, a moral, o caráter e a conduta do médium.
A corrente é a grande força do templo umbandista. Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo. Tudo gira em torno dela. Se um elo dessa corrente estiver fraco, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a essa casa espiritual. Devemos sempre lembrar: “Ninguém é tão forte como todos nós juntos”.
Existem algumas ações que devem ser observadas pelos membros da Corrente durante os trabalhos mediúnicos:
a). Encostar-se na parede – Um médium não deve nunca se encostar à parede durante os trabalhos, pois muitas energias negativas circulam por trás da corrente mediúnica e assim, o médium pode pegar uma carga negativa que prejudicará o seu campo magnético.
b). Pôr a mão na cabeça dos médiuns e consulentes – Na cabeça, localiza-se o chakra coronário, por isso na Umbanda chama-se de coroa, por onde ela absorve as energias dos Orixás. Quando alguém coloca a mão na cabeça de outra pessoa, pode passar para ela suas próprias energias, que nem sempre são salutares e equilibradas, podendo, assim, causar dores, desconforto e confusão mental. Ainda, deve-se ao máximo evitar encostar-se no consulente. Somente nos casos em que ele fica tonto, deve-se ampará-lo fraternalmente segurando-o.
Sair da Corrente sem permissão – Na hora em que os Médiuns ou os Guias estão trabalhando ou dando os passes, muitas energias negativas, miasmas, larvas astrais, obsessores, sofredores e quiumbas, estão sendo retirados dos consulentes, bem como muitas energias positivas e vibradas pelos Sagrados Orixás estão sendo invocadas. Por esse motivo, os médiuns que estão desincorporados, devem estar com o pensamento firme, através de orações mentais ou cântico dos pontos, e não devem, nunca, sair da corrente sem autorização.
e). Usar joias, maquiagem em excesso, roupas íntimas escuras – As joias de metais, como brincos, pulseiras, correntes, tornozeleiras, etc., muitas vezes absorvem energias e ficam transmitindo-as a seus usuários. Como os trabalhos da magia de Umbanda são realizados com as energias da natureza transmitidas pelos Orixás, esses elementos de metal podem interferir na sua captação e diminuir a sua eficácia. As roupas íntimas escuras devem ser evitadas, pois chamam a atenção sob a roupa branca, além de coibir a absorção das energias positivas. Quaisquer adereços só podem ser usados com prévia autorização do dirigente.
Um dos aspectos que gera polêmica naqueles que desconhecem a Umbanda em seus fundamentos básicos diz respeito a sua liturgia (Culto, Rito ou Ritual), que muitos têm como atrasada. Isto acontece pela superstição e ignorância demonstrada por muitos médiuns em face da opinião pública.
Pois bem, acontece que cada coisa dentro de um templo umbandista, ali está por um determinado motivo. Nada é aleatório ou serve simplesmente como enfeite. Por trás de cada simples coisa, temos a movimentação das linhas de força da natureza e estruturas energéticas.
Os membros da Corrente devem sempre estar atentos aos rituais litúrgicos e razões da existência de determinados sítios sagrados:
I - Fazer uma cruz no chão, ao entrar ou sair da Casa na frente da casa de Exu na entrada do templo – Com esse gesto, estamos saudando o alto, o embaixo, a direita e a esquerda deste templo, pedindo permissão para Exu adentrar no local.
II - Cumprimentar o Congá - Esse é o ato de reverência e submissão a Deus, às Suas Divindades - Orixás - e aos Guias do Templo, inclusive aos seus próprios Guias. O membro da Corrente, sempre que entrar no Terreiro deve cumprimentar o primeiro Congá, encostando as mãos no mesmo e baixando suavemente a cabeça e, SOMENTE APÓS VESTIR A ROUPA BRANCA, assinar o livro de presença A saudação da Casa deverá ser feita tocando suavemente a cabeça - testa - na pedra de Xangó, mostrando aceitação e respeito ao solo sagrado do terreiro, bem como renovando a sua consagração como instrumento da misericórdia de Deus, pela ação dos Benfeitores Espirituais.
LEMBRE-SE: o que chega que tem o dever de se apresentar e cumprimentar os dirigentes e irmãos de corrente.
III - Trabalhar descalço - O médium, sempre que possível, deve incorporar descalço por uma questão de humildade e para facilitar a incorporação, bem como para haver melhor descarga dos fluídos nocivos, diretamente para a terra. A terra é absorvedouro natural de cargas energéticas, facilitando na desimpregnação da pessoa que está sendo atendida. Estando o médium calçado, estará isolado da terra, o que dificultará a eliminação dos fluídos negativos.
IV - Os Pontos Cantados - em realidade os pontos cantados, como já ditos antes, são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as potências espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás dos pontos que, se entoados com amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.
VI - Passes - O passe é uma transfusão de energias psicofísicas, através do qual o médium cede de si mesmo em benefício de outrem. Para o êxito dessa operação, cabe ao médium passista buscar na prece o fio de ligação com os planos mais elevados da vida. Mágoas excessivas, paixões, desequilíbrio emocional, bem como alimentos inadequados e alcoólicos, são fatores que reduzem as possibilidades do passista e que, portanto, devem ser evitados. Aqueles que se consagram aos trabalhos de assistência aos enfermos através da Fluido terapia devem cultivar, além da humildade, boa vontade, pureza de fé, elevação de sentimentos e amor fraternal. Os passes podem ser administrados pelo médium sem estar “incorporado”, Nos trabalhos de Umbanda são muito utilizados os passes dados pelos guias espirituais através de seus médiuns pela irradiação intuitiva. Nesse tipo de passe, são utilizados os recursos pessoais do médium aliados às energias ativadas pelos seus guias espirituais. É tão válido como o passe dado pelo médium incorporado.
VIII - Os Pontos de Força dos Orixás - Desde o advento da humanidade no globo terrestre, a natureza tem sido fonte inesgotável de recursos bioenergéticos para a criação, evolução e sedimentação dos vários organismos que a compõem.
É da natureza que se extrai os elementos necessários ao reajustamento das faculdades biopsicomotoras, tão importantes à mente, ao espírito e a parte corpórea. É na natureza que há uma maior interação entre o plano material e o astral. Em contato com rios, florestas, cachoeiras, mares etc., absorvemos as vibrações emanadas do Cosmo, que são recepcionadas por estes sítios de captação fluídico-espiritual.
Durante um gira ou sessão nos campos vibratórios, somos ofertados por nossos Guias e Protetores com uma contínua carga de fluídos positivos, cujos elementos constitutivos são retirados das flores, folhas, raízes, água doce, água salgada etc.
Neste aspecto, o trabalho de nossos amigos espirituais é facilitado, pois estando seus aparelhos em contato direto com a natureza, e por isto sujeitos à influência das energias dali emanadas, a missão de impregnação fluídica positiva torna-se mais eficaz, o que seria difícil acontecer longe destes campos.
Devido ao acúmulo de cargas eletromagnéticas densamente negativas sobre as cidades, produto do atual estágio consciencial e comportamental das pessoas, os fluídos dos sítios vibratórios sofrem, quando direcionados a outro lugar, o ataque de energias negativas chamadas formas-pensamento e também de espíritos de baixa vibração, que impedem, total ou parcialmente, que aquelas energias cheguem ao seu destino.
Desta forma, a natureza constitui-se em fonte de equilíbrio, reequilíbrio, harmonização, desintoxicação, assepsia, imantação e caridade, frente aos trabalhos de Umbanda.
Temos dentro do terreiro a representação simbólica dos orixás cultuados que servem como pontos de apoio mental para a invocação destas energias sagradas, como se estivéssemos na própria natureza virginal.
APETRECHOS E UTENSÍLIOS LITÚRGICOS: Os apetrechos têm várias utilidades, normalmente eles servem para trazer algum tipo de vibração que será utilizada nos trabalhos que serão realizados.
I - Roupa Branca - O branco na verdade não é uma cor, e sim o somatório de todas elas e, por isso, traz consigo as propriedades terapêuticas de todas. O branco, também, favorece a mente estimulando a pensamentos mais puros e sublimes. Por isso é que são usadas nos templos umbandistas, apenas roupas brancas. Elas são consideradas objetos ritualísticos e sagrados. Sendo assim, o membro da corrente deverá zelar por ela, guardando-a em separado do restante das roupas, de preferência em uma sacola com algodão embebido da essência relativa ao Orixá que preside a atual encarnação dele. Sua lavagem deverá ser feita também em separado.
II - Congá – O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.
É Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer sejam positivos ou negativos.
É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicosfera dos presentes.
É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (para-raios) comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.
É Expansor, pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.
É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.
É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do templo a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).
O Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão dos mentores de Aruanda.
III - Imagens - Para simbolizar para o filho de Umbanda como é o Caboclo, o Preto Velho e demais Espíritos e orixás humanizados, principalmente para aquele que não possui vidência. É um meio de aproximar o espírito e não se ora nem adora a imagem e sim o que ela representa, não esqueçam disso nunca.
IV - Atabaques – Eles servem para manter o ambiente sob uma vibração homogênea e fazer com que todos os médiuns permaneçam em um mesmo padrão vibratório. Aos Ogãns, a responsabilidade de permanecerem o tempo todo a disposição da gira, atentos aos procedimentos e as orientações do Sacerdote.
Os membros da equipe do atabaque não devem sair de sua posição para consultas e afins, salvo muita necessidade e importância. Devem aprender com o Ogãn Chefe a moldar seu comportamento e sua conduta diante de imensa responsabilidade. Homens e mulheres tem direitos iguais também nessa função.
V - Sineta Litúrgica – É um instrumento usado para saudar ou chamar uma entidade. Deve ser consagrada e utilizada em momentos apropriados somente pelo Diretor Espiritual ou por quem ele indicar, devendo ser guardado no Congá e nos pontos de força adequados para este mister.
VI - Pemba - A força esotérica da escrita astral, na Umbanda é feita pela pemba (giz oval – forma cônica) que tem o poder de abrir e fechar trabalhos de magia. Servem também para traçar pontos que servem de firmeza e captação de forças para os trabalhos.
Pode-se afirmar que a Pemba é um instrumento sagrado da Umbanda, pois nada pode se fazer com segurança sem os pontos riscados. A Pemba é confeccionada em calcário e modulada em formato ovoide alongado, e serve para, para ao riscar, estabelecer ritualisticamente o contato vibratório com as energias cósmicas.
VII - Pó de Pemba – Quando lançada ao ar, no ambiente ou sobre as pessoas, tem a função de purificação.
VIII - Charutos, cigarros e cachimbos - Assim, à primeira vista, pode parecer incoerente uma entidade de luz "Fumar" um cachimbo ou charuto. E seria se realmente fumassem. Mas eles não fumam. O que fazem é se utilizarem dos elementos das ervas, juntamente com o elemento ígneo (fogo) e aéreo (ar), para desestruturar larvas, miasmas e bactérias astrais que muitas vezes estão presentes na aura dos consulentes. É como se fosse uma defumação dirigida.
O uso deste material ainda é imprescindível na maioria dos terreiros, pois, para lá, vão pessoas com todo tipo de necessidade, muitas com problemas espirituais graves e que emanam correntes mentais intoxicadas, pensamentos pesados, agressivos, enfim, com desmandos causados pela invigilância e descaso para com sua própria conduta. E é para combater essa classe de coisas que os nobres mentores passam a utilizar tais elementos, a fim de livrarem seus filhos de doenças e outros males. Nosso Planeta ainda é um grande hospital e, para cada doente, há um tipo de remédio.
Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve, arregimenta as mais variadas energias do solo e do meio ambiente, absorvendo calor, magnetismo, raios infravermelhos e ultravioletas do sol, polarização eletrizante da lua, éter físico, sais minerais, oxigênio, hidrogênio, luminosidade, aroma, fluidos etéreos, cor, vitaminas, nitrogênio, fósforo, potássio e o húmus da terra. Assim, o fumo condensa forte carga etérea e astral que, ao ser liberada pela queima, emanam energias que atuam positivamente no mundo oculto, podendo desintegrar fluídos adversos à contextura perispiritual dos encarnados e desencarnados.
O charuto e o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades são tão somente defumadores individuais. Lançando a fumaça sobre a aura, os plexos ou feridas, vão os espíritos utilizando sua magia em benefício daqueles que os procuram com fé.
IX - Defumação - Momento de imensa concentração e silêncio. Através dos aromas podemos ficar relaxados, agitados, próximos ou afastados de pessoas, coisas ou lugares. Por este motivo, os templos do Egito antigo, dos Hindus, Persas, e hoje os templos umbandistas, católicos, esotéricos etc. sensibilizam o olfato através dos odores da defumação, harmonizando e aumentando o teor das vibrações psíquicas, produzindo condições de recepção e inspiração nos planos físico e espiritual.
Além de influenciar em nossas vibrações psíquicas, as ervas utilizadas na defumação são poderosos agentes de limpeza vibratória, que tornam o ambiente mais agradável e leve. Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos no solo da Terra, absorção de nutrientes dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, sensualidade, etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas para os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades).
Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos.
X - Vela - É utilizada para atrair a luz da vibração ígnea, para si, para um espírito, para desfazer trabalho, para pedir graças ou agradecer aos espíritos. As cores variam de acordo com a necessidade do trabalho ou vibrações da pessoa. É sempre o elemento fogo sendo ativado e utilizado para determinados benefícios.
XI - Marafo - (Aguardente de Cana) - Usado para descarrego e oferenda de gratidão aos trabalhos dos Exus.
Na magia de Umbanda utilizam-se elementos hídrico-eólicos de acordo com o trabalho realizado. Além das bebidas, como: aguardente ou marafo, vinhos, licores, champanhe, etc., são também utilizados água, éter, álcool, azeite etc., que são elementos líquidos e voláteis possuidores de equivalência no éter refletor, ou seja, tem a sua contraparte astral com a qual se acasala e condensa ou projeta as vibrações que são firmadas na oferenda.
O que é preciso que fique claro é que esses elementos líquidos não são utilizados para servirem de bebidas aos Exus, não! Sua finalidade é puramente magística e presta-se para fins de movimentação de forças sutis. Juntamente com os demais elementos das oferendas, formam escudos elementais, inclusive em casos especiais para dar maior frequência vibratória ao corpo astral do médium magista para que não sofra bruscas agressões quando está em trabalho de descargas várias, ou desmanche de magia negra.
Portanto, eis a real finalidade de se usar as bebidas e demais líquidos nos trabalhos magísticos para fins diversos.
O consumo excessivo nunca é uma necessidade de nenhuma entidade, o consumo deve ser simbólico e atentamente controlado pelos Cambonos e Dirigentes.
XII - Água - A água é um fator preponderante na Umbanda. Ela mata, cura, pune, redime, porque a água tem o poder de absorver, acumular ou descarregar qualquer vibração, seja benéfica ou maléfica.
A água que se apanha na cachoeira, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas, assim como a água do mar, batida contra as rochas e as areias da praia, também acontece o mesmo, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas.
A água da chuva, quando cai é benéfica, pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai a si as vibrações negativas do local.
XIII - Guias - As Guias usadas na Umbanda são polos de irradiação, para-raios e defesa, para os médiuns. Para montar uma guia, deve-se montar tranquilo, sem agitação externa.
Os Banhos de Ervas são transmissões de forças magnéticas para fortalecer, descarregar e limpar a aura, e o perispírito do membro da corrente ou do consulente.
Os banhos só poderão ser prescritos pelos Guias em trabalho, ou pelo Diretor Espiritual do Templo. Por sua vez os preceitos de firmeza mediúnica SOMENTE são prescritos e acompanhados pelo Guia-Chefe e Sacerdote-dirigente.
Todos os banhos de descarga devem ser tomados do pescoço pra baixo; só se deve jogar o banho na cabeça quando for indicado pelo Guia de Trabalho.
As folhas que caem dos banhos de ervas devem ser recolhidas e despachadas (jogadas) nos locais apropriados; em geral, vasos grandes de plantas, jardins, num rio ou mata, mas nunca no lixo e nem nas ruas.
Ao vir para a Gira, prepare-se:
Limpeza e higiene Pessoal completa.
Roupa branca devidamente higienizada e passada. As roupas de todos devem ser brancas, relativamente padronizadas, que cubra maior parte do corpo, principalmente durante os movimentos da incorporação durante a gira. Ao se curvar até o chão nenhuma parte do corpo deve ficar descoberta, dessa forma é necessário usar tamanhos maiores em que usamos em nosso dia a dia.
Roupas de uso comum adequadas ao ambiente e de cores claras.
Alimentação leve e de fácil digestão.
Abstenção de bebidas alcoólicas no mínimo por 24 horas.
Procurar ter um dia calmo e sem brigas.
Buscar deixar o lar em harmonia.
Deixar os baixos sentimentos longe de você.
Olhar o Desenvolvimento como uma fase promissora e demorada na sua caminhada espiritual.
Respeitar sempre a graduação dos mais velhos e dos sábios.
Lembrar sempre que o ritual é longo e devera ser aprendido vagarosamente.
A limpeza do Centro depende de você também, conserve o salão mediúnico, a cozinha arrumada, o banheiro higienizado, o vestiário organizado, etc. E mantenha lixo, na lixeira.
O pagamento em dias das mensalidades e rateios, sendo este o único processo para manutenção e acesso a confortabilidade.
A lealdade e cumplicidade com o Templo, evitando panelas, fofocas e críticas destrutivas.
Manutenção integral da corrente, informando ao Diretor Espiritual ou ao Cambono Chefe sua ausência, apresentando os motivos, ou sua saída para água, banheiro, etc.
Busque trazer os materiais necessários para as suas entidades, não necessitando, assim, utilizar o material de seus irmãos.
Avise sempre ao Diretor Espiritual Chefe, se for o caso, quando for faltar a sessão, pois isto é norma obrigatória da disciplina.
Auxilie sempre quando solicitado.
As saídas depois da sessão devem ser feitas de forma silenciosa.
Seguindo tais sugestões, teremos com certeza um grupo mais interativo e harmônico.
Manter, dentro e fora do agrupamento, na sua vida espiritual, religiosa e particular, conduta irrepreensível;
Procurar instruir-se nos assuntos espirituais e morais, estando atendo aos estudos, frequentando os Cursos, especialmente o Curso Básico de Espiritualismo de Umbanda;
Conservar sua saúde psíquica e física estando atento, principalmente, aos aspectos morais;
Não alimentar vibrações negativas, estando atento à necessária manutenção dos atributos positivos, quais sejam: Fortaleza, Firmeza, Entendimento, Sabedoria, Vontade, Justiça e Humildade;
Estar atendo às influências negativas para evitá-las, quais sejam: ira, leviandade, receio, soberba, egoísmo, arrebatamento, vaidade e luxúria, maledicência, etc... Lembre-se do alerta que nos dá o Mestre Jesus no Evangelho: “Vigiai e orai, pois a o espírito é forte, mas a carne é fraca”;
Não julgar que as entidades espirituais que o assistem são "mais fortes" ou "mais poderosas" que as demais, isto seria uma leviandade provocada pela imaturidade espiritual;
Dê paz a seu protetor no Astral, deixando de falar tanto no seu nome, isto é, vibrando constantemente nele. Procedendo assim, você estará se fanatizando e "aborrecendo" a entidade.
Quando for à Sessão de Desenvolvimento, de Caridade ou outra atividade afim ao agrupamento, não vá aborrecido e quando lá chegar, evite conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de paz, fé e caridade pura para com o próximo.
Lembre-se sempre de que sendo você um médium desenvolvido ou em desenvolvimento, é de sua conveniência tomar banhos de descarga ou lustrais, determinados pela Casa.
Não use "guias" ou colares de qualquer natureza sem ordem comprovada do Dirigente da Casa;
Não se preocupe em saber o nome do seu Guia ou protetor antes que ele julgue necessário e por seu próprio intermédio.
É de toda conveniência também, para você, não tentar reproduzir, de maneira alguma, qualquer ponto riscado que o tenha impressionado, dessa ou daquela forma;
Não mantenha convivência com pessoas más, viciosas ou maldizentes etc. Isto é importante para o equilíbrio de sua aura e de seus próprios pensamentos. Tolerar a ignorância não é compartilhar dela!
Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar às recompensas materiais ou espirituais;
Tenha ânimo forte através de qualquer prova ou sofrimento. Aprenda confiar e a esperar. Nos obstáculos e desafios é que se apresentam os melhores ensinamentos;
Faça um recolhimento diário, pelo menos de meia hora, a fim de orar e meditar sobre suas ações e outras coisas importantes de sua vida, não adormeça sem ter lido um texto do Evangelho;
Não confie a qualquer um seus problemas ou "segredos". Escolha a pessoa indicada para isso;
Não tema a ninguém, pois o medo é a prova de que está em débito com a sua consciência;
Lembre-se sempre que todos erram, pois o erro faz parte da condição humana e, portanto, ligados à dor, a sofrimentos vários, consequentemente, às lições, com suas experiências. Sem dor, sofrimento, lições e experiências não há Carma, não há humanização e nem polimento íntimo.
O importante é que não se erre mais, ou não se cometa os mesmos erros. Passe uma esponja no passado, erga a cabeça e procure a senda da reabilitação (caso se julgue culpado de alguma coisa), e para isso, "elimine" a sua vaidade e não se importe, em absoluto, com o que os outros dizem de você.
Faça tudo para ser tolerante e compreensivo, pois assim, somente coisas boas poderão ser ditas de você;
Zele por sua saúde física, com uma alimentação racional e equilibrada;
Não abuse de carnes, fumo e outros excitantes, principalmente, álcool
Nos dias de sessão, regule a sua alimentação, preferencialmente evitando alimentação pesada, e faça tudo para se encaminhar aos trabalhos espirituais, limpo de corpo e espírito.
Não se esqueça preferencialmente não se devem ter relações ou contatos carnais 24 horas antes das Giras e Trabalhos mediúnicos;
Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o médium, os bons espíritos somente assistem com precisão se verificarem uma boa dose de humildade ou simplicidade no coração;
Aprenda lentamente a orar confiando em Deus. Cumpra as ordens ou conselhos de seus guias ou protetores. Eles são os seus grandes e talvez únicos amigos de fato, e querem somente a sua felicidade e bem-estar;
Preserve-se, para seu próprio equilíbrio e segurança, contra os aspectos que envolvem sempre ângulos escusos relacionados com o baixo astral. Isso não é próprio das coisas que se entende como caridade. Isso é vampirizarão, sugação de gente viciada, interesseira, que pensa ser a Umbanda uma "agencia comercial", e o terreiro, o "balcão" onde pretendem servir-se através de seu guia ou protetor.
Enfim, não permita que o baixo astral alimente as correntes mentais e espirituais de sua Tenda, pois se isso acontecer, você dificilmente se livrará dele – será seu escravo...
Todos os médiuns do CESG devem comparecer às Sessões de Caridade no mínimo até 30 minutos antes do horário estabelecido para o início dos trabalhos, que é às 18h. Recomendamos para uma melhor harmonização comparecer com uma hora de antecedência.
As sessões de caridade da casa têm horário certo para iniciar no plano astral.
Todos os médiuns, ao chegarem saudarão a "Tronqueira" na entrada do Templo, para saudar o Exu Guardião da Casa; para pedir permissão para adentrar no Templo, que é um Santuário Sagrado; para pedir proteção durante a Sessão; e, para pedir que as energias negativas, por ventura envolta no médium, possam ser dissipadas. Não são permitidos aos médiuns contatos ou conversas com a assistência.
Os médiuns não poderão fazer uso dos vestiários para discussões, contendas ou comentários jocosos. Os médiuns ao entrarem no vestiário antes do inicio dos trabalhos se obrigam a manter o silêncio necessário, bem como, ao se encaminharem ao Templo devem fazê-lo ainda dentro da mais respeitável atitude, tudo de acordo com o Ritual estabelecido, a fim de tomar os respectivos lugares.
À saída, também devem obedecer às mesmas condições de disciplina, mas é um momento de descontração, de alegria pelo dever cumprido, em que a camaradagem saudável e o bom humor fraternal são bem vindos;
Pedir e receber a benção ao Pai de Santo, aos Pais Pequenos e aos Ogãns é um ritual de finalização da gira, de respeito e/ou afeto aos dirigentes da Casa e deve ser um compromisso obrigatório e satisfatório.
Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina deve ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia. O pilar da hierarquia religiosa na Umbanda:
SACERDOTE-CHEFE = Presidente da Instituição
SACERDOTES AUXILIARES = Pais e Mães Pequenos
CAMBONO CHEFE = Auxilia os Sacerdotes e orienta os cambonos da Casa
OGÃ -CHEFE = Disciplina, atenção, canto, atabaque
MÉDIUNS DE TRABALHO OU TRONQUEIRA = Médiuns que auxiliam o desenvolvimento dos médiuns e na ordem da casa,
MÉDIUNS DE DESENVOLVIMENTO = Médiuns iniciantes nos trabalhos da casa.
Sugerimos, devido a complexidade e a necessidade a releitura de nossos textos, na página de nosso blog: cesgestudos.blogspot.com
CESG, Atualizado em Julho de 2017.
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