Grupo de Estudos Doutrinários da Umbanda - Aula 10






Niterói, 03 de julho de 2017.


1 – Objeto de Estudo


A fé é uma coisa que vem de nós, vem do nosso íntimo, é a nossa comunicação com Deus, não importando qual ideia nós possamos ter do que seja esse Deus. Podemos reconhecer a fé com um exemplo, os povos antigos tinham fé que algo existia além da compreensão deles, os Índios brasileiros, os Incas, Os Maias, Os Persas, os Aborígenes australianos, os povos africanos, todos eles mesmos sem se conhecerem tinham uma mesma ideia de Deus e de regras morais.

A religião já é parte da nossa educação da nossa criação, absorvemos dos nossos pais ou depois experimentar alguma situação escolhemos uma doutrina religiosa para seguir. A religião tem o seu fundamento baseado na sinceridade que sentimos em praticar a fé, é como se a fé fosse um tijolo e a religião o cimento que liga o tijolo dando liga e força para que a estrutura não caia.

A educação cultural é o que recebemos dos nossos pais e aprendemos observando o ambiente no qual fomos criados. A paciência, a humildade, o amor e a prática da relação entre pessoas faz parte da nossa educação, aquela que trazemos de casa. Saber ouvir, saber obedecer ás ordens ao qual nós escolhemos seguir, uma relação saudável entre nossos irmãos de caminhada.

A religião que escolhemos a umbanda tem seus fundamentos bem claro, sua maior lei é “Praticar a caridade”, é claro como todas as religiões temos algumas maneiras de reconhecer se, suas ideias e metodologias estão de fato sendo aplicadas em prol, do desenvolvimento dos médiuns.

Nenhum médium tem que provar que está incorporado, mas, tem alguns detalhes que mostra aos dirigentes e aos médiuns mais experientes que de fato o médium só quer aparecer dentro do terreiro. A primeira coisa é a lei da umbanda de prestar a caridade, se a entidade ao chegar no terreiro ficar mais preocupada com os fenômenos do que com a seu enquadramento com o guia espiritual. Podemos dizer que o médium está num processo de mentira quando vemos que a entidade não se preocupa com a caridade, quando a entidade só quer alimentar seus vícios, chegando até a dizer que só baixou ali no terreiro para beber e fumar. Podemos ver quando o médium mente, e isso é muito grave, passar a imitar o comportamento de outros filhos da casa ou mesmo dos dirigentes, por exemplo;


*médiuns de desenvolvimento não puxam guias, e os guias espirituais sabem disso então ao vermos sabemos que isso é coisa do médium.

*repetir os nomes mais comuns para na sua pressa dar nome a entidade.

*riscar pontos riscado. Esse é o mais complicado, o ponto riscado é a certeza de que o guia espiritual está de fato conectado ao médium, e esse por si só quando necessário faz com a sua pemba o ponto da entidade, nesses casos o ponto não é um desenho que se possa copiar do google, ou mesmo copiar dos dirigentes da casa. Eu tenho percebido que muitos médiuns estão copiando as minhas ações durante a gira, imitam a maneira como meus guias desenvolvem os médiuns, imitam a postura dos guias e imitam principalmente os pontos riscados para firmeza da casa feito pelos guias que trabalham na minha cabeça.

O ponto não é um círculo com desenhos dentro, é um elemento místico, utilizado desde Lemúria o primeiro continente do Planeta Terra. O ponto tem vários detalhes e a entidade vai fazendo ele aos poucos, primeiro vem uma imagem na cabeça, depois outra e assim os símbolos vão se conectando e por último quando existe uma conecção forte faz-se o círculo fechando aquele ponto. Mas, também tem pontos de saúde, de limpeza, de afastamento entre outros.


O médium deve se preocupar na sua incorporação e não em tentar ficar provando que é um Super Médium melhor do que os outros. Pois o Pai de Santo de uma casa ao ver o médium riscar um ponto deve automaticamente interrogar o guia espiritual, perguntando seu nome, sua história e outras informações para saber se aquilo é de fato verdade, e eu enquanto ocupante da função de ajudante do Pai de Santo posso afirmar com certeza que são poucos, muito pouco os médiuns que passariam por uma ação dessa diante aí Guia Chefe da Casa.


Na linha das almas os médiuns, tem feito um uso indiscriminado de velas, coisa completamente desnecessária e com certeza produto da imitação, da falta de paciência e de querer já saber quais artefatos os guiam usam. Não é porque um Preto Velho usa vela que todos devem usar, não porque um fuma que todos os outros vão fumar ou beber vinho ou qualquer outra coisa, a pressa é o maior inimigo do médium, fazendo que sua pressa seja percebida por todos como uma mentira em sua incorporação e perdendo sua credibilidade.



Boa Leitura!



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